A varanda sempre representa um lugar para se estar, para partilhar a presença, é onde Franz e Valkíria ficam nos finais de tarde, simplesmente sentindo.
Enquanto Valkíria descansa tranquilamente no banco, Franz permanece sentado no degrau que dá acesso à entrada casa. Ele está apreciando as árvores que ladeiam o gramado, em especial o Ipê Amarelo, em frente à janela do quarto onde descansam, quando estão no mundo dos sonhos, e nessa época do ano o ipê está todo florido.
Ainda se recorda do dia em que encontrou próximo à bifurcação a pequena muda, que com dificuldades tentava achar uns poucos raios do sol, em busca da vida.
Quando Franz a encontrou era tão pequenina que parecia minúscula na palma de sua mão, entre as raízes de grandes árvores, sem espaço para crescer.
Desejou ver a árvore toda florida ao despertar do mundo dos sonhos na companhia de Valkíria.
Ao sentir a presença de Valkíria e Franz na varanda, apreciando, o Freud-cão surgiu correndo da trilha que se desenha com os desejos, junto com ele Nick, o pequeno cachorro branco de Valkíria também veio partilhar a companhia.
Freud-cão se deteve onde Franz descansava, colocando a cabeça embaixo do braço dele, chamando-o para brincar, enquanto o pequeno cachorro branco, em um salto subiu no banco e se aninhou no colo de Valkíria, pedindo carícias.
No lado oposto da Casa do Gramado o sol se escondia entre as montanhas azuis, além das grandes árvores que ladeavam o gramado.
Franz e Freud-cão, brincavam no centro do gramado enquanto Valkíria acariciava o pequeno Nick.
Quando na linha do horizonte as estrelas começaram a surgir, lentamente Franz e seu cachorro se dirigiram à varanda, ao se sentar no banco, ao lado de Valkíria, Nick soltou um pequeno gemido de prazer.
Ficaram os quatro apreciando o Ipê Amarelo, enquanto a noite se avizinhava.
A Grande Estrela Azul, gradualmente aumentava o seu brilho, iluminando toda a varanda, o gramado, antes extenso agora tinha árvores em toda a sua extensão, se esticassem as mãos, Franz e Valkíria conseguiram tocar algumas flores do ipê.
As árvore só tinham deixado uma pequena fresta, por onde a luz da estrela azul iluminava agora as faces de Valkíria, Franz e seus cachorros.
Em transe ficaram flutuando no centro da varanda, envolvidos, entrelaçados.
Eram todos da mesma essência: Valkíria, Franz, os cachorros e toda a Casa do Gramado, fervilhando vida, em um mundo de sonhos.
Belíssimo.. um mundo de sonhos, onde os detalhes são desenhados pelos olhos do poeta, com muita magia, encantos e muito amor.. Adoro passear por aqui. beijos e gratidão pela linda partilha.
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